Quantas vezes você já se sentiu realmente útil? Com essa pergunta aparentemente simples, o empreendedor social brasileiro Vitor Belota faz um convite a todos que assistiram a sua palestra para o Ted Talks em Blumenau, em 2015. Nela, ele conta sua experiência quando esteve no Quênia para ensinar inglês às crianças locais. Deparando-se com as dificuldades, principalmente com a falta de luz elétrica na escola, buscou na internet uma solução para ajudar a comunidade local. Nascia ali uma nova missão: levar a luz do dia para dentro das escolas, usando para isso apenas boa vontade, garrafas pet e água.
Durante sua explanação, ele conta que se sentiu convidado a se empreender pelo Quênia em busca de algo que faltava. E encontrou na possibilidade de ajudar as pessoas esse algo mais. Os alunos do Projeto Preparando o Futuro foram convidados a assistirem a palestra em vídeo e a refletirem sobre o tema nesta semana, já que no dia 9 de julho não tiveram aula presencial. E a proposta levou os jovens a fazer um interessante exame de consciência.
“É de veracidade absoluta que grandes feitos gerarão grandes consequências e utilidades, mas não podemos deixar a escanteio as pequenas coisas. (…) Nunca fui à África ou fiz trabalhos que impactaram um grande grupo de pessoas, mas dia após dia faço pequenas ações que de alguma forma – ainda que eu mesma não tenha consciência – são úteis as pessoas ao meu redor”, declarou a aluna Sícile Thalita de Oliveira Matos.
A jovem Ana Louisa da Rosa Prates comentou que não é preciso fazer uma viagem para muito longe para ser útil. “Não precisamos sair daqui e ir para outro país para conseguir se sentir útil. Aqui, no agora, onde estamos, já podemos fazer isso. Ser importante para pessoas do próprio país e se importar já te faz uma pessoa extremamente útil. Ser útil é também dar valor às coisas certas, enxergar a importância de cada indivíduo e enxergar também suas necessidades.”
O estudante Patrick Pedro da Silva fez uma autoanálise pessoal. “Talvez, o nosso sentido de utilidade seja ser útil ao próximo, promover a harmonia entre todos que estão ao seu redor, aqueles que convivem debaixo ou não do mesmo teto, e para isso não é preciso fazer um voluntariado em outro país. A descoberta de sua utilidade pode acontecer a qualquer momento, em qualquer lugar, basta você perceber as entrelinhas de suas ações no mundo hoje. Quando você começar a fazer perguntas sobre a sua utilidade, os momentos apontarão o norte que você deve seguir. Abrace esses momentos, porque são eles que definem o nosso futuro.”
Vinícius Leonardo Silva Garcia, também aluno da turma 2022, abordou a capacidade de adaptação do palestrante e das pessoas que têm um objetivo. “O palestrante traz consigo um grande tópico a ser refletido, a questão da adaptabilidade do ser humano, que nos faz superar momentos em que não acreditamos conseguir lidar com certas situações, que nos tiram de nossa zona de conforto e nos permeiam naquilo que desconhecemos ou muitas vezes não gostamos.”
“Acredito que se sentir útil tenha que fazer parte do nosso modo de viver. No vídeo, o palestrante disse que faltava algo, e acho que falta algo para todos nós: esse ser útil para o próximo, coisas simples que podem melhorar vidas. Um exemplo muito próximo a mim que posso citar é a ABCJ, associação beneficente que vem mudando a vida de jovens há mais de 15 anos, e posso dizer que mudou a minha…”, afirmou a estudante Luiza Rocha Oliveira.
EQUIPE ABCJ