Segurança, Educação e Saúde são mais do que tópicos de discussão em proposta de Governo. São temas que estão na rotina de todos, independente da idade, origem ou gênero, e de alguma forma estão todos eles interligados. Mas foi sobre Segurança a explanação que deu origem à discussão proposta aos alunos do Projeto Preparando o Futuro da ABCJ na manhã de sábado (26) no Senai de Jundiaí, tendo à frente o delegado e vereador Paulo Sérgio Martins.
De maneira descontraída e proporcionando bastante integração com os alunos, ele apresentou alguns dados e demonstrou o quanto a falta de acesso á educação afeta diretamente o aumento dos índices de violência. Fez também alertas a respeito dos crimes de homofobia, preconceito racial e violência doméstica. Os jovens interagiram fazendo perguntas e apontando possíveis soluções para os conteúdos apresentados.
Para o aluno Vitor Lorran Pacheco, é preciso ofertar ao jovem a possibilidade da mudança através da Educação. “O sistema educacional brasileiro está totalmente estagnado. Nossos índices educacionais não evoluem e cada vez mais jovens se desviam e vão pelo mundo do crime. Acredito que isso ocorre pelo total descaso do poder público tem conosco, a falta de incentivo e motivação. Verdadeiros gênios, mentes empreendedoras e pessoas bem intencionadas acabam se perdendo”.
Já a estudante Nurian Rodrigues de Araújo acredita que “a segurança que o jovem precisa é sentir-se confiante em si mesmo. No entanto, a sociedade só sabe julgar e dizer palavras duras, e isso acaba criando uma insegurança e trazendo medo de prosseguir a vida e de conquistar o próprio futuro. Acredito que, ao invés de julgar, a sociedade deveria ajudar mais o jovem, trazendo esperança, amor e paz, porque a vida é bela e pode nos oferecer muitas coisas boas”.
Para Giovana Bispo da Silva, ninguém está totalmente seguro. “No que se refere ao jovem, acredito que muitos vão para o mundo no crime por não terem referência na família. Será que todos têm o apoio de quem está perto? De pai e mãe, por exemplo? Muitas vezes, por não possuírem esse apoio, acabam indo encontrar seu lugar em outros ambientes ‘mais fáceis de se encaixar’ , onde, sem esforço nenhum, fazem o que querem, como as ruas. Eu acredito que para a segurança melhorar é preciso mais apoio familiar e mais projetos como a ABCJ, que apoiam e ajudam de todas as formas”.
“Os valores estruturados em nossa sociedade se perderam diante dos reais interesses da população, em decorrência de uma realidade marginalizada e o crescente sistema marginalizado das massas e poderes, como o STF. Os interesses da população e necessidades reais daqueles que estão sob a própria cautela é o principal indício das mazelas da nossa sociedade. Os jovens e a nova geração trazem consigo a missão da redução da violência. A ideia de ‘seguir a tradição’ ou ‘se manter firme nos antigos costumes’ mascara preconceitos e ações contra o bem maior para a sociedade”, acredita o aluno João Pedro dos Santos Batista Oliveira.
O jovem Felipe Oscar Farias da Rocha lembra que para se pensar em futuro é preciso estar atrelado em segurança. “As perspectivas para uma sociedade segura são temática essencial a todos, em especial aos que lidam com coisas públicas e investigam as políticas de segurança pública. Como afirmou Platão: ‘Somente uma sociedade regida pelo princípio permanente da Justiça, governada por homens virtuosos, capazes de conhecer o bem, a verdade e a pobreza poderia ser mais segura’.”
EQUIPE ABCJ