Os estudantes do Programa Preparando o Futuro foram convidados no sábado (29) a um exercício de imaginar o futuro. Mas não simplesmente planejar sonhos, e sim projetar como a tecnologia e os avanços do conhecimento devem mudar as formas de trabalho. O palestrante foi o matemático, estatístico, consultor e colaborador da Equipe Técnica da ABCJ, Agostinho Hugo Raponi, que fez uma breve histórico sobre a evolução da indústria, as profissões extintas e os empregos do futuro, sob o tema ‘Porque os empregos do futuro não serão como trabalho’.
Ele conseguiu atrair a atenção dos jovens, que durante a semana elaboraram complexos textos sobre o que meditaram a respeito do tema. A preocupação com a extinção de empregos foi uma constante nas reflexões, mas eles consideram que a adaptação às novas realidades depende de cada um e do esforço que devem fazer para manterem-se atualizados e necessários. Frisaram também as habilidades inerentes ao ser humano, que nenhuma máquina poderá substituir, como criatividade, talento e empatia.
O estudante Pedro Fernando foi um dos que elaborou um texto bem coerente. “A palestra nos apresentou a segunda face do avanço da tecnologia: a extinção de vários tipos de emprego, afetando assim a forma de se preparar para o mercado de trabalho onde cada vez mais as máquinas conseguem substituir com perfeição o ser humano. Os trabalhadores em geral muitas vezes não conseguem acompanhar os avanços (…), muitos o ignoram e continuam tentando trabalhar como antes. Devemos estudar e ficarmos atentos ao avanço da tecnologia para conseguir nos manter no mercado de trabalho.”
Para a jovem Natália, o próprio título da palestra já merece uma reflexão. “Quando diz que no futuro os empregos não serão como trabalho eu encaro como uma forma de vida mais tranquila, sem muitos danos à saúde. A tecnologia não substitui competências que seres humanos possuem, mas é uma peça fundamental para melhor execução. Encarar o conhecimento como algo bom facilita o querer aprender. A Inteligência Artificial não possui criatividade entre outras coisas que o ser humano tem. Por enquanto! Pois tem pessoas trabalhando para evoluir máquinas cada vez mais produtivas em amplo sentido.”
O aluno Luan também frisou que não podemos fechar os olhos para os benefícios que o avanço da tecnologia nos trouxe. “O conhecimento está cada vez mais acessível, e a evolução e avanço geram mais evolução. Temos a oportunidade de, nas próximas décadas, dar grandes passos para enfrentar os grandes desafios da humanidade, por tudo que a tecnologia vem a nos oferecer. Imagino como seria o mundo se essas doenças que estão aparecendo nesses últimos anos tivessem surgido em anos onde a tecnologia não era avançada como hoje em dia.”
“Claramente, os serviços braçais são os mais concorridos e com mais pessoas executando, mas os eletrônicos são capazes de fazer o mesmo, ou até mais, Porém, há um esforço que apenas os seres humanos conseguem fazer que é o de pensar, ter novas ideias e consequentemente inovações. Ainda não há nada que possa substituir essa nossa capacidade e por isso devemos explorá-la, pois com ela somos capazes de alcançar novos horizontes”, acredita a estudante Hana.
Para a Ana Luiza, é preciso focar no que faz de cada um alguém único. “Não basta apenas sua faculdade e sua experiência, e sim suas habilidades, personalidade e interesses. A flexibilidade de ter um profissional que tem vários conhecimentos está sendo cada vez mais procurada pelas empresas por sua praticidade e dinamismo. Agora a cultura é outra, tarefas contínuas são coisa do passado, por isso o estudo de várias áreas é muito importante, e o exercício da criatividade tem que ser o mais importante. Criar e inovar são as principais qualidades para o novo mundo.”