A manhã de sábado (07) foi muito especial para os alunos do Projeto Preparando o Futuro. Eles tiveram a oportunidade de estar diante da escritora, poeta e terapeuta Teresa Vignoli, que envolveu a todos contando um pouco da história da médica psiquiátrica Nise da Silveira, a mulher que revolucionou o tratamento da saúde mental no Brasil.
Mais do que uma admiradora, Teresa foi aluna de Nise e é profunda conhecedora de seu trabalho, de tratar o doente mental com arte, acolhimento e carinho, levando a humanização para dentro dos hospitais psiquiátricos. Foi essa mesma humanização, doçura, encantamento e respeito que nossos alunos puderam sentir nas palavras de Teresa, que de forma acolhedora mostrou um pouco da dedicação e da revolução que Nise da Silveira proporcionou.
A aluna Giovanna Pimentel deixou transparecer esse sentimento no texto que elaborou sobre a palestra. “Teresa fez a diferença no meu sábado. Ela nos abraçou de longe e nos acolheu com palavras e histórias incríveis da vivência dela e de Nise da Silveira, nos mostrando a importância de olhar nos olhos e enxergar o outro de outra forma. Além disso, reforçou a importância de acreditar nos sonhos e apostar neles de maneira com que eles possam se realizar em qualquer circunstância”.
O aluno Higor demonstrou sua admiração: “Nise da Silveira foi mais que uma médica que tratava de pessoas com transtornos mentais. Ela encontrava nessas pessoas o que mais ninguém enxergava. Via esperança onde muitos só avistavam loucura. Ela percebeu a necessidade de ajudá-los e lutar por seus direitos, carregando esse fardo e se opondo contra muitos pensamentos erráticos da época. Nise foi altruísta e corajosa”
“Aprendemos com Nise que devemos e podemos pensar um pouco ‘fora da caixinha’. Se ela tivesse seguido os padrões estabelecidos na época, não teria mudado os tratamentos psiquiátricos no Brasil, e até hoje o tratamento seria uma espécie de tortura, pois se trataria de apanhar por ser diferente”, pontua o aluno Vitor Hugo.
A estudante Anna Júlia não escondeu sua admiração. “ Nise foi uma inspiração, principalmente pra nós mulheres. A parte mais bonita é a utilização da arte como terapia, com isso vemos que foi de extrema importância, ter tido essa personagem em nossa história, tanto pela ousadia como pela motivação. Sua coragem deve ser copiada, diversificada e levada a muitos que ainda não conhecem.”
Já a jovem Eduarda já nutria muita estima pela psiquiatra. “Seu legado de ‘olhar para o próximo’ foi o que precisávamos para poder mudar o rumo do cuidado com saúde mental. O trabalho dela até hoje inspira muitas pessoas, inclusive eu. Gostaria muito de conhecer o Museu do Inconsciente. Com certeza, é uma experiência única”.
EQUIPE ABCJ